domingo, 21 de junho de 2009

Sindicato protesta contra passaralho no IESB

Sindicato protesta contra passaralho no IESB


Por A Diretoria

A Diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal protesta contra as demissões em massa ocorridas esta semana no IESB. Dentre os 60 demitidos, 18 são professores do curso de Jornalismo.



Entre os jornalistas que perderam o emprego estão: Luisa Guimarães, Fernando Grossi, Leandro Fortes, Lourenço Flores, Aliene Coutinho, Fernanda Muylaert, Godoy, Baltar, e outros. Essa decisão é inaceitável porque deixa sem emprego um número muito grande de profissionais.


O IESB pretende se transformar em um centro universitário e, para isso, tem de cumprir exigências do Ministério da Educação, entre os quais contratar professores com títulos de especialização, mestrado ou doutorado. Mas, ao que tudo indica, essas exigências já eram conhecidas pela instituição desde 2007. Por que só agora, depois que o Ministério da Educação marcou diligência na instituição, o instituto demitiu os professores? Por que não organizou um programa de estímulo à pós-graduação para seus professores?


Além de desrespeito aos profissionais que se dedicaram à instituição, é notória falta de planejamento. Enquanto isso, faltam equipamentos nas salas de aula e não há atividades complementares prometidas no início do curso.


O Sindicato dos Jornalistas exige a revisão dos procedimentos adotados pelo IESB e coloca seu Departamento Jurídico à disposição dos demitidos para, se for o caso, cobrar na Justiça os seus direitos.


Brasília, 5 de junho de 2009.


A Diretoria do  Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal

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Um comentário:

Leila J disse...

Fefe
Junho 8, 2009 às 1:47 am
http://fefealves.wordpress.com/
Na última quarta-feira (03), o Institudo de Educação Superior de Brasília (Iesb) demitiu 69 professores de seu quadro. O motivo alegado é a provável perda de pontos na avaliação do Ministério da Educação e Cultura (MEC). O MEC exige que o corpo docente de uma universidade seja formada por no mínimo um terço de mestres. O Iesb que ainda engatinha rumo ao status de Centro Universitário começou os trabalhos. Os referidos professores demitidos, embora presente no mercado do trabalho e com vasta experiência não possuiriam o título acadêmico exigido para uma universidade.

Alunos e professores estão se mobilizando para clamar por atenção e respeito.

Faço coro com eles, não somente porque conclui meus últimos anos de graduação no mesmo intituto, pagando a duras penas, mensalidades em torno de mil reais dignas de uma universidade de ponta e não de um mero instituto, mas principalmente porque aprendi valores humanos e sociais com muitos dos professores degolados. Valores que parecem extrapolar o entedimento dos donos do Iesb, pois não dizem respeito ao aspecto financeiro.

No entanto, a pergunta que retine em minha mente é simples: que tipo de “aspirante a Academia” é essa que para conquistar o título de “quase-Academia” precisa ceifar arbitrariamente seus próprios acadêmicos?

Alunos sem professores, inclusive no difícil momento de conclusão de curso e orientação. Professores vistos não como mentores intelectuais, formadores do apuro crítico, mas como ferramentas de trabalho, dispensáveis ao bel prazer. Desprovidos de quaisquer mérito.

Qualquer empresa que se preze hoje em dia, quando espera que seus funcionários melhorem sua mão-de-obra faz o óbvio: incentiva, estimula! Seja criando oportunidades, seja facilitando a busca por elas!

Engraçado perceber que embora o Iesb tenha agido como uma simples empresa, e não uma escola, uma instituição de ensino, sequer lembrou desse moderno dispositivo para otimizar a gestão, item ensinado em qualquer curso de administração à distância: recursos humanos!

E se a defesa ao aspecto filosófico e moral da vocação acadêmica virou motivo de chacota e deboche, que lembrem então do item básico e fundamental descrito na Constituição Federal que determina que o trabalho seja visto como bem precioso e imaculável, caminho para o exercício da dignidade humana.

Infelizmente, os avisos têm sido dados. De tempos em tempos alguma opinião surge na blogosfera e chama atenção para a bomba-relógio que se fomenta no Iesb. É triste constatar que o Iesb no afã de dar mais um passo rumo a Academia se distancia amargamente e afinal se torna aquilo que já suspeitávamos: um autêntito papa-níquel nos moldes de Brasília – para poucos e arbitrário.

E, um recado ao aluno Iesb-Malhação-Fast-Food que acha que isso tudo não passa de bobagem e nada tem a ver com você: meus parabéns! O Iesb e você se parecem cada vez!

E aos professores e estudantes, meus colegas de academia e profissão, contem com a minha solidariedade e façam o que têm de fazer! Ainda que tenham de fazer na surdina, pois a perseguição existe e todos sabemos! Mas lembrem-se do velho ditado e poupem suas pérolas!

Afinal, outras escolas há! Para dar ou para ter vivência acadêmica!

A história continua e o blog aqui está a disposição!